quinta-feira, 26 de março de 2009

Motoristas e barbeiros


Como posso ficar reclamando que o motorista da lotação dirige mal... se enquanto o piloto americano foi capaz não só de perceber que uma pomba-rola-rajadinha tinha entrado no motor do avião, mas também de pousar com segurança no rio Hudson salvando a vida da galera inteira, por aqui o piloto (ainda não sei se é brasileiro ou boliviano, que dúvida), não percebeu que a turbina inteira simplesmente se soltou e caiu sobre umas meras doze casas lá embaixo e foi embora pra Bogotá daquele jeito mesmo...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Cuidar de mim


Sim, o meu amigo Rodrigo Stulzer, que escreve o blog "transpirando.com" me despejou a última gota que faltava para eu voltar a correr. Claro, o Alê vem me falando sobre isto há décadas e eu até participei de duas corridas já! Se vocês olharem no começo do blog vão ver o post, mas depois que a gente se mudou aqui pra mooca, eu não voltei mais pra academia até segunda da semana passada. Então, voltei! Comecei logo de cara sapateando na esteira, corri alguns quilômetros e descobri que não estou tão acabado assim. No dia seguinte coloquei o velho óculos de natação e me joguei na piscina. Fui direto bater um papo com o professor, mas ele me indicou uma simpática Roberta que me ajudou a descobrir que não morri, até consegui nadar bem legalzinho.
Então no dia seguinte corro feito louco novamente e no outro nado feito doido outra vez. Na sexta fugimos pra São Vicente, enchemos meus pais de beijos, e vamos... correr!
Mas o melhor de tudo não é só fazer exercícios e ficar melhor de saúde, é gastar um pouquinho de tempo para si mesmo e descobrir o quanto você ainda se ama.

Ah, quase me esqueço, na foto eu aos 21 (ainda cabeludo) e o batera da banda Trilha Sonora, Zé Guinaldo.

Madama Butterfly


Engraçado como a gente teima em demorar um tempo enorme para fazer novamente algo que adorou. Talvez eu não tivesse tantas rugas da última vez que fui ver uma ópera, mas lembro-me como se fosse hoje, bem... talvez ontem... Era "Bodas de Fígaro", de Puccini, ups... Rossini. Acho que agora vocês entendem porque eles não me contratam para jornal algum e sou obrigado a ficar aqui escrevendo resenhas para meia dúzia de gatos pingados como seu eu fosse aquele crítico barbudo que passa bastante maquiagem e fica parecendo meu boneco Falcon.
Mas o que eu sei é que amei, fiquei emocionado (e olha que Bodas é comédia) e cheguei a conclusão que não existe expressão musical tão profunda e completa quanto a ópera.
Alguns vários anos se passaram e ontem fui ver a madama do título no Espaço Unibanco Pompéia. Parece que era ao vivo ou quase ao vivo, mas o negócio é que foi lindo, o som era ótimo, a imagem espetacular, a platéia era bem comportada, (448 velhinhas e velhilhos + Alê e eu - lotação: 500) e quando saí de lá fiquei me questionando o porquê de ter passado tanto tempo até eu ver um espetáculo destes.
É nestas horas que percebemos claramente que o quanto mais percebemos, mais percebemos que não percebemos porra nenhuma.
Melhor que isso só na Arena de Verona... Pensaram que eu ia falar "no IMAX em 3D, né seus consumistas de paulistices!!


segunda-feira, 16 de março de 2009

Não large a câmera por favor!


Anne Hathaway está perfeita no filme O casamento de Rachel. Fomos assistir o filme no domingo naquele shoppinng em Santos, o Miramar e adorei.
A primeira sensação que se tem é de estar assistindo um filme feito em casa, já que a câmera na mão balança o tempo todo. Mas a trama nos leva para momentos extremamente trágicos e sérios que, somados ao medo que temos que o cinegrafista largue a câmera, nos enche de tensão. Mas não se preocupe, não é um thriller, é um filme sobre famílias, compreensão, amor e ironia. Anne Hathaway é a caçula recém saída de uma clínica para recuperação de viciados que volta para sua casa nos momentos que antecedem a festa de casamento de sua irmã. As velhas culpas são colocadas na mesa, os rancores e amores se misturam com uma trilha linda e atuações tão boas que você fica pensando que realmente o filme foi feito em casa. Assista com pipocas.

Para sempre doce Lica


Mostrei para minha mãe como se faz uma agenda no google, foi ótimo, pois além dela montar a agenda direitinho, ainda compatilhou dados comigo. Então vejo na agenda dela que hoje é aniversário da minha querida e finada avó Lica (Angela Vecchio Candeias). Sempre saudosa pela sua sinceridade visceral, a Lica nos faz lembrar de pérolas como o dia em que foi indagada sobre o par de meias que sobrava de sua lista de presentes no dia de natal. Ela dava um par de meias para cada neto e naquele ano, o Alejandro já fazia parte da família... mas ele não tinha ganhado nada e como sobrava aquele par de meias, alguém disse: Vó, essa meia que tá sobrando é do Alejandro... E ela respondeu na hora: Eu não comprei nada pra ele! Mas você não gosta dele? Gostar eu gosto, só não gosto da profissão dele... Mas ele é médico... Tô falando da "outra" profissão...

Eterna avó querida, nunca será esquecida.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Saindo da jaula


O tigre branco é um animal pecularíssimo, se tem um bicho com presença de palco é esse aí, né? Supostamente dono de qualidades inigualáveis, o tigre branco é uma espécie de rei da natureza com menos alarde que o sr. leão.
No livro de Aravind Adiga, o momento que ele vê um bicho destes na jaula do zoológico, caminhando mecanicamente de uma ponta a outra vezes sem fim é decisivo em sua vida. Não posso continuar sendo um tigre branco preso numa jaula.
Gostei demais do romance Tigre Branco, justamente porque muita gente pensa que é um bicho desses, com toda sua glória, toda sua imponência, porém raros são aqueles que não estão presos em uma jaula. O livro trata de como um tigre branco como Munna, o protagonista, saiu de sua jaula. Se fosse só isso já valia a pena, mas isto acontece numa India pouco divulgada... talvez ultimamente um pouquinhozinho mais depois que "Quem quer ser um milionário" levou o oscar pra casa, sem contar na novela da grobo "Caminhos da India", mas ainda longe da crueza e da riqueza de detalhes do submundo indiano que o livro trata. Imperdível.

Sapatada rende três anos no xadrez


Fiquei extasiado ao ver a cena de alguns meses atrás quando um jornalista iraquiano chamou baby Bush de cachorro (equivalente ao filhodaputa brasileiro ou coisa pior) e atirou-lhe os sapatos na cara. Pena que a velocidade do projétil foi insuficiente e o presidente mais impopular da história desviou a tempo, mas o gesto e aquilo que ele significou ficarão para a história.

Não há como negar, o mundo inteiro adorou e teve até quem criou games como o da foto.
Hoje, o jornalista Muntazer al Zaid recebeu sua sentença, sendo condenado a três anos atrás das grades.
Bem, cadeia deve ser uma merda de qualquer modo, mas considerando o tamanho da causa e a popularidade que ele vai ter no xilindró... até que não parece tão terrível assim.
Que Alá o proteja agora e sempre!!

Porrada em nome de Jesus

A notícia que li hoje em um site conhecido sobre a nova atividade que o pessoal de uma determinada igreja resolveu promover me fez logo de cara, pensar "onde é que vamos parar?". Mas aí pensei melhor e comecei até a achar que eles acertaram na conta.

Essa igreja resolveu organizar um ringue de vale-tudo para atrair fieis. Claro, melhor que dizer o padre-nosso é socar o nosso-irmão e as multidões se dirigem para lá.

Nenhuma novidade, as bandas de rock estão lá fazendo o maior som ao lado do púlpito, o celebrador, seja padre, bispo, frei, pregador, pai-de-santo ou o que você achar mais bacaninha, está lá também, com a bíblia na mão, com o microfone na mão, com a guitarra na mão e agora com as luvas de box nas mãos também. E por que haveria de ser diferente? Qual o sentido de toda verborragia eclesiástica? Passamos o final de ano numa pousada no Espírito Santo e o dono nos comentou: "puxa, que legal ver vocês novamente aqui, lembra do Zé, aquele que vivia de cara cheia e batia na mulhé? Pois é, olha ele lá trabalhando... entrou pra igreja, largou a cachaça e agora parece uma máquina, a mulhé dele ri a toa."
Missão cumprida! Seja cantando, dançando ou lutando; em nome do pai, do filho ou do espírito santo, ou de quem quer que seja, o cabra largou a bandalheira e virou um carola trabalhador.

Quer melhor que isso?

Melhor que isso é só essas igrejas cuidarem da manutenção de seus telhados para que estes parem de ruir sobre as cabeças dos coitados lá embaixo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Bom humor



Nesta tarde, o Gigante e o Fernando, que são dois mecânicos aqui da oficina me chamaram: "Sivuca, corre aqui, vem ver o tamanho desse câmbio!! Traga a máquina!" Corri lá para fazer a foto e lá estavam os dois, orgulhosos de sacar esta pequena monstruosidade de baixo de uma Pathfinder.

Só a título de curiosidade, a outra foto dá uma idéia melhor da dimensão do brinquedo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Cabras montanhesas assimétricas


Após viagens por regiões montanhosas do centro-oeste asiático, estabelece-se aqui o relato específico sobre esta formidável variedade de cabras montanhesas assimétricas que confirmam as teorias Darwinianas evolucionistas que mostram que as espécies se adaptam ao seu ambiente por mais inóspito que ele possa ser.
Estas curiosas cabras (Capra assimetricus) possuem as pernas de um lado do corpo notavelmente mais curtas que as do lado oposto, o que facilita tremendamente seu deslocamente pelas superfícies inclinadas das montanhas daquela região. Suas idas e vindas são temperadas por longas caminhadas em busca do ângulo adequado a fim de possibilitar o cruzamento que resguarda a preservação da espécie, uma vez que o mesmo só acontece quando há efetivamente o cruzamento de duas cabras de sexos diferentes, canhotas e no mesmo caminho. O efetivamento do cruzamento é bastante dificultado pela inversão necessária, o que provoca desequilíbrios e até mesmo quedas muitas vezes fatais.
Faça uma doação para a campanha "Facilite a cabra" enviando seus dados de cartão de crédito para este blog.

Reencontrando amigos do Samiar

Foi só uma nota no Messenger do Facebook, daquelas que normalmente você ignora, afinal, quem usa Facebook hoje em dia? As redes sociais vão ...