segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Pedal Assistido, como é?

Como é pedalar uma bike com pedal assistido?

Nada como a experiência para nos dar a verdadeira sensação do que significa o pedal assistido.

Fiz um teste drive numa bike com um motor de 250W, equipada com um cassete de 10 marchas, sendo que o maior, tinha 42 dentes, ou seja, bastante reduzido para aguentar as muitas subidas do passeio.

Como foi
Estive na Alemanha em setembro de 2018 para visitar a maior feira de mecânica do mundo, a Automechanika em Frankfurt, depois parti junto com meus sócios e amigos Cesar e Denis, para os alpes até Garmish-Partenkirchen onde alugamos três bikes Cube com motor de 250W. Essas bikes já vêm com o motor incorporado no quadro, mas isso não as difere do kit que adapta o motor numa bike tradicional.

Como se vê nas fotos, o quadro é projetado para disfarçar o volume da bateria, enquanto que o motor mid-drive completa seu desenho dando um lindo acabamento.
Rodando
No lado esquerdo do guidão há uma caixinha com um botão liga-desliga, um botãozinho para caminhada (para empurrar a bike escada acima, por exemplo) e duas teclas muito fáceis de alcançar com os sinais de mais e menos que regulam a potência do motor.

As regulagens vão de OFF, passando por ECO, passeio e Turbo, sendo que cada posição dá um pouco mais de potência no motor.

Coloquei em Turbo, sentei na bike e pisei no pedal que respondeu com um coice silencioso para frente, quase uma possessão demoníaca.. tudo bem, não precisa tanto, mudei para Eco e iniciei o passeio.

Começamos por trilhas planas no asfalto, afinal estávamos no centro de Garmish e queríamos ir até o lago Eibsee que fica aos pés do Zugspitze, a montanha mais alta da alemanha.

Estas bikes atendem a legislação, que proíbe ultrapassar os 25km/h. De cara achei chato, mas quem anda mais rápido que isso de bicicleta? A gente tem uma falsa sensação que vai andar em uma espécie de motocicleta elétrica, não é nada disso, é bike, bicicleta, a magrela sim. Na prática, os 25km/h são uma velocidade ótima para passear rápido, já que sem motor, dificilmente chegamos nessa velocidade a não ser em ladeiras. O caso é que ao ultrapassar os 25, o motor para de fornecer força, então se você quer correr mais, é só pedalar como faria com qualquer bike. A diferença de peso é pouco relevante, já que o conjunto pesa cerca de 5kg a mais, então não é nada que possa arruinar a bike com a bateria arriada, por exemplo.

Naturalmente estes kits permitem que você altere isso no setup, mas aí cai fora da lei, o que não significa que você esteja proibido de beirar os 70 por hora numa estrada de terra (!)

O motor te ajuda quando você pedala, isso significa que se você para de pedalar, a força desaparece e você está só deslizando. Se você pedala mais rápido, o motor entrega mais força. A força que você faz é regulada para o tanto que é necessário para uma bike normal rodar no asfalto plano, tanto no plano quanto na subida quando o motor compensa o ângulo com mais potência.

Isso significa que você não deixa de fazer exercício, apenas soma mais quilômetros à experiência. Quando chegam as ladeiras, vejo que fica mais divertido usar o modo passeio, sendo que em raríssimas ocasiões o Turbo se fez necessário. Considerando que essa bike tem 250W e existem motores comercializados de até 500W, eu diria que nossa versão de 350W já faz a alegria da grande maioria da população de bikers, sendo que o motor de 500W fica reservado para quem tem bike muito pesada, como fat bikes ou para os maluquinhos que pegam muito sério no MTB. Meus sócios, por exemplo, possuem bikes com motor de 1000W, mas são uns meninos completamente fora da curva, especialistas em estripulias pelas trilhas mais monstras de montanhas e Mairporã e Atibaia. Um simples mortal como eu, certamente não ficaria triste a humildes, mas eficiente versão de 350W para subir todas as ladeiras de Sampa dando risada de quem fica para trás.
Aliás, em vários momentos, cruzei com casais de velhinhos usando essas bikes no mesmo cenário. Imagine sua avó de 70 anos de idade subindo ladeira de bike com as compras do mercado no cestinho... entende o que quero dizer?  Estamos falando de INCLUSÃO.

Ao final, eu olhava para a bike e pensava: Gézuz! que maravilha é isso!! Afinal foram 43 quilômetros rodados, com 750 metros de desnível em cerca de 5 horas de passeio, tendo gastado apenas 50% da bateria de 500Wh. Eu tenho 53 anos de idade e não sou nenhum atleta, apesar de pilotar parapentes e praticar CrossFit.

Agora eu pergunto, o que é que você está esperando?

Veja no vídeo abaixo, como foi o passeio capturado pelo aplicativo 



​Aproveite para conferir o site da ipedal que traz os kits Bafang Mid Drive para nosso promissor país. 
Sivuca

Nenhum comentário:

Reencontrando amigos do Samiar

Foi só uma nota no Messenger do Facebook, daquelas que normalmente você ignora, afinal, quem usa Facebook hoje em dia? As redes sociais vão ...