terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Eu queria acreditar

Eu queria acreditar...


Eu queria acreditar, pedir aos espíritos, aos Deuses e Santos.

Que escutassem meus pedidos, minhas rezas, meus Cantos

E olha que não são poucos, a lista é grande, são tantos.


Mas meu pai foi-se embora, me deixou sozinho em casa.

Lembro dele ainda agora, batendo seu par de asas

Agora sou eu e meus desejos, minhas vontades e anseios.

Resolvendo meus problemas, preparando meus esquemas.

Estou sozinho, é o que vejo


Já perdi a esperança, de que uma fada apareça.

E faça assim com a mão, realize meus caprichos.

Escute meus cochichos, e com a varinha de condão, 

gentil e delicada me toque a cabeça.


Ou talvez um pai de santo, me traga essa alegria.

O mesmo alguém morto, me mande a psicografia.

O mulá, o rabino, ou Meca, e me curvo para Alá

E me dê o que eu preciso, para eu trazer para cá.


O tempo vai passando e me diz "você perdeu"

Descobriu que não tem santo, não tem fada não tem Deus

Levanta do chão e sacode a poeira

Pega a sacola de abre um sorriso e vai pra feira

Sai pra rua e grita bem alto: eu sou mais eu.


Pois não basta querer para acreditar, é preciso perceber, ver, analisar

E entender a física, a química, a primeira e a última

E repetir mais de mil vezes, eu queria acreditar.


 

Arrogância do bem também faz mal

Ao longo de minha vida como não-analista, relacionei-me com um infindável número de pessoas. Uma importante parte desse número foi feita pri...