terça-feira, 29 de setembro de 2009

Do ferro à faca (a arte da cutelaria)

Meu amigo Arthur Lewis é bem loco, agora ele está fazendo facas, são peças únicas, de uma beleza impressionante. E ele também continua escrevendo suas rimas, vejam nas linhas que seguem pequenas fatias de expressão de sua arte.

Você quer uma beleza dessas? Mande um mail pra ele.



Caro amigo careca
agora presti atenção
a coisa que vô mostrá
é aço de afiação
corta fundo se forçá
mas se se aprecizá
fura até o coração.

O aço veio de mola
dum antigo rabecão
ferro duro da porra
e haja martelação
muitas hora de trabalho
modi ficá bonitão.

esse negócio de fogo
bigorna,tenaz e marreta
é uma coisa de louco
faz inveja no capeta
mas todo trabalho é pouco
pra esse baixinho perneta.

Agora vamu apertá
a barriguera da mula
afiáá todas pexera
enche o borná de fartura
botá as mala nas costa
e encarar a bombacera!


Forte abraço.
Sir Lewis.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nova obra de Aecio Sarti


Não sei se pretendo um dia ganhar um quadro do Aecio de presente, ou se consigo juntar dinheiro para comprar um, mas o fato é que a cada obra ele se supera e não canso de admira-lo.

Para quem não sabe, isso é pintado sobre lona de caminhão, aquele famoso "Encerado locomotiva".
Nas últimas obras, ele passou a criar uma integração espetacular entre o fundo e roupa do personagem, que tal?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Encurralado!

Ontem assisti "Duel", que recebeu o nome "Encurralado" no Brasil. Este é o primeiro filme de Steven Spielberg, foi filmado em 1971 com um orçamento limitadíssimo; na verdade o filme só tem um ator, os demais fazem apenas algumas pontas.

É uma impressionante história de suspense, sobre um típico americano classe média com seu Plymouth Valiant vermelho, sendo perseguido por um caminhão, (sim por um caminhão, já que o máximo que vemos do motorista é sua mão), pelas estradas da Califórnia.
Alguns detalhes do filme que gosto particularmente são:

Denis Weaver (na pele de David Mann) está se afastando da cidade, vai para Bakersfield e esta cada vez mais da civilização, você vê a paisagem mudando e os carros rareando a sua volta, mas o mais interessante é a trilha que é basicamente o rádio que ele está escutando. A programação gradualmente combina com a paisagem que muda, indo de conversas urbanas sobre previsão do tempo e trânsito, passando por orientações ao cidadão e chegando a uma espécie de freak show onde um cara diz que consegue tocar música em pedaços de carne. A singularidade do talk show remete a falta de civilidade que o cerca. É o caos chegando!

Mann para em um posto todo esbaforido no meio da perseguição e tenta ligar para a polícia. A dona do posto cria serpentes, aranhas e lagartos em caixas de vidro. Mann está dentro de uma cabine telefônica cercado de serpentes e no meio de tudo vem o caminhão pronto para passar por cima dela quebrando tudo o que está no caminho. Caos total!

Mann está em um bar na beira da estrada e o caminhão assassino está do lado de fora. Um daqueles caras no balcão deve ser o criminoso, mas qual deles? Todos usam botas, todos usam chapéu, todos ficam olhando de canto de olho para ele descofiadamente. Desespero!

Mann não deixa a cena final por muitas horas, fica ali como que montando guarda. O agente do seu terror perdeu o perigo e agora se transformou em agente de prazer. Há um por do sol lindo e Mann está sentado jogando pedrinhas num plácido lago imaginário. Paz.

Spielberg imprime uma tensão fenomenal ao filme e usa uma trilha que só aparece nos momentos mais tensos, fora isso o que você escuta é o motor diesel acelerando, pneus raspando no asfalto e os pensamentos desesperados de Mann.

Assista, divirta-se!

Aventuras na oficina

Criei um novo blog, chama-se "Aventuras na Oficina". Meu plano é humanizar um pouco mais o dia a dia entre "respingos de óleo, engrenagens e monóxido de carbono" contando histórias que acontecem nas oficinas Gaspoint e Automatik, que é onde passo meu horário comercial de segunda a sexta feira, você não sabia? Aproveite para visitar os sites! O design é autoria de ninguém mais ninguém menos que Fábio Candeias!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

District 9, favela de ETs é desapropriada

Em District 9, uma mega nave espacial (já velha conhecida de outros filmes como Contatos Imediatos de 3º grau como "Nave-mãe"), literalmente estaciona a mil metros de altitude sobre Johanesburg na África do Sul.

O problema é que diferente dos outros filmes onde os ETs aparecem triunfantes, bonitões, esses aqui não dão as caras por semanas a fio. Sem entender o que se passa os humanos criam coragem e entram na nave (tem que arrombar a porta) e encontram uma penca de seres feiosos, subnutridos e desesperados... a nave pifou e eles encalharam ali. Como os humanos são muito humanos, acolhem os coitadinhos e colocam a galera numa mega-favela que com o passar dos anos começa a se tornar um transtorno, como qualquer favela... crime, tráfico, fedor, sujeira.. enfim... os humanos acabam se enchendo da encrenca e mandam uma equipe pra literalmente despejar os ETs nojentos. É aí que começa a história.
O tom é de documentário de TV, muito realista, parece que você realmente está assistindo o Jornal Nacional.
District 9 está cheia de desconhecidos, mas tem como produtor, Peter Jackson, de Senhor dos Anéis, Kink Kong e outras coisas legais, então prepare-se para um filme muito interessante e divertido.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Terror psicológico de Lars Von Trier com Anticristo

Levei vários dias até criar coragem para escrever alguma coisa sobre o filme Anticristo de Lars Von Trier que está nos cinemas.

Bem, ele é como um prato estranho, difícil de ser mastigado, difícil de ser engolido, difícil de ser digerido, mas o fiadaputa não é que alimenta?

Terror psicológico é aquele que usa o comportamento esquisito das pessoas para aterrorizar as outras pessoas, criando situações inesperadas, controversas, altamente discutíveis.

O diretor dinamerquês Lars Von Trier dirigiu Dogville com a Nicole Kidman, Manderlay e Dançando no Escuro com Bjork. São filmes explêndidos e surpreendentes.

Fiquei sabendo que ele acabou de sair de uma tremenda depressão e saiu correndo fazer Anticristo... uau! que resultado!


O filme é um debate mui loco sobre o masoquismo, sentir prazer na dor e na culpa. É um jogo psicanalítico que descamba para um algo-surreal inesperado.

Um casal perdeu o filho que caiu da janela. A mulher (uma estudiosa sobre torturas aplicadas em mulheres na idade média) pirou de tristeza pela perda do filho. O marido psicanalista sugere trata-la. Para isso começa a explorar seus medos e conclui que a ida para uma cabana no meio da floresta constituirá o cenário ideal para que ela possa chegar em algum tipo de cura ou conforto.

Tudo vai bem interessante até que de repente...
Assista, pire, mas não diga que eu não avisei.

domingo, 20 de setembro de 2009

A praça Chico Candeias

Quando meu avô Chico Candeias adoeceu gravemente nos idos de 1976, ele tinha 53 anos e eu tinha só onze anos e não tinha ainda a maturidade para entender a falta que o vô Chico iria me fazer. Os depoimentos da família anos mais tarde me confirmam que ele morreu de uma doença chamada teimosia, por teimar em não administrar seu diabetes como devia.
A fila do enterro tinha cerca de dois quilômetros tomando quase metade da Paes de Barros, incrível a quantidade de admiradores que aquele velho carraspana tinha.

O vô chico é Francisco Guerreiro Candeias, cidadão português, vindo para o Brasil quase bebê, foi um grande entalhador, recebeu um prêmio na primeira bienal de São Paulo pela sua incrível sala de jantar com um jardim de rosas entalhadas. Provavelmente de sua técnica saiu a semente primordial para que minha mãe, Alice Candeias Ambrosini, se tornasse uma especialista na pintura dessa linda flor. É um trabalho dele, por exemplo, o entalhe do brasão das armas nacionais que está a frente do oratório do presidente da república em Brasília.
O vô Chico era motoqueiro, saia com seus amigos em turmas e desaparecia pelas baladas da madrugada deixando minha avó Lica sem saber sequer por onde ele andava, mas ele amava sua família e trouxe três lindas filhas ao mundo, minha mãe Alice, a tia Clarice e a tia Marilice.
O vô Chico era encrenqueiro, atirou uma máquina de somar contra a cabeça de um fiscal que veio fazer uma inspeção de rotina na empresa que ele trabalhava com meu pai quando eu era apenas um pirralho.
O vô Chico era baderneiro, convidou um montão de amigos para uma "coelhada" e levantou a pele do gato morto que tinha servido de ingrediente principal para o almoço... perdeu muitos amigos, mas antes perder um amigo do que perder a piada.
O vô Chico era surpreendente, uma vez comigo no carro, xingou um motorista, se arrependeu e deu meia volta até alcançá-lo com um pedido de desculpas.
O vô Chico tinha seus métodos educacionais duvidosos, me fez ver um cadáver prensado entre as ferragens de um carro que batera na estrada de Peruibe-Miracatu, nunca esquecerei a cena do velho morto de boca aberta espremido no volante de um fusca detonado, eu tinha cinco anos, apesar do choque creio que isso tenha me preparado melhor para enfrentar situações assustadoras como aquela.
O vô Chico me levava pescar siri no mar pequeno com uma caixa de metal que aprisionava os bichos vivos, nunca esqueço quando trocou a ordem dos fatores na hora de cozinhar e jogou os bichos na água fria primeiro... na medida que começou a ferver eles pularam da panela e sairam passeando pela cozinha provocando um verdadeiro auê com o povo gritando e os siris atancando quem se aproximasse.
O vô Chico me trazia caixas de chocolate "Crema", meu preferido... (foi substituido pelo Lolo mais tarde).

O carinho de meu avô ficará para sempre em minha mente, especialmente agora que graças a ele, tornei-me cidadão português.
No percurso de casa até o trabalho, passo pela praça Chico Candeias, uma linda homenagem e esse homem tão controverso. Parei o carro e fiz essas fotos para que você que ainda não a conhece, dê uma passada por lá qualquer hora.
A praça fica aqui, dá uma olhada no Google Maps, fica encostada na casa da tia Marilice. Ocupa o espaço de um antigo grupo escolar e um depósito da prefeitura, que por sinal é onde passei uma boa parte da infância brincando entre tratores abandonados.

Ok, a praça também tem história. Minha avó percorreu toda a vizinhança nos últimos dias de vida em busca de assinaturas para transformar o lugar em praça.
A praça não teria sido possível sem a intervenção de minha querida tia Marilice e da minha avó Angelina, mas há um artista na região que criou várias obras em concreto e cuida das plantas regularmente, colocando placas com nomes das árvores, podando e reparando o jardim. Sua atitude de cidadão é algo admirável, repare que ele não assina suas obras atribuindo um caráter filantrópico ao trabalho. Confira nas fotos que bacana.





 


 
 
 

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Drag me to hell

Essa é uma das bruxas mais malvadas e babonas que eu já vi, e ela fica puta da vida quando a protagonista lhe manda umas grampeadas na testa, acho que mais puta do que se lhe grampeassem o celular.
Enfim, "Drag me to hell", ou em português, "Arrasta-me para o inferno" é um filme de terror super divertido. Confesso que não sou muuuito fã do gênero porque na maioria das vezes o filme é muito ruim e acaba me deixando com raiva, talvez seja uma reação pós-traumática do Jason, mas dessa vez foi legal.
Mas de qualquer modo, só a introdução já é hiper legal e dá para ter uma ideia do que você vai encontrar pela frente.

A protagonista em questão é Chris, uma típica loira que aparenta ser tonta, mais tarde veremos que de tonta ela não tem nada. Ela está louquinha pra ser promovida ao maravilhoso posto de sub-sub-sub-gerente do banco onde ela trabalha.
A velha da foto é uma coitadinha que aparece por lá pedindo pelo amor de Deus pra prorrogarem o vencimento da hipoteca porque ela está para ser despejada. 
Chris que resolveu pela primeira vez na vida cuidar um pouco mais de seu nariz, recusa ajudar a velha babona e esta fica tão brava que lhe roga uma praga fiadaputa onde um tal espírito ducassete de bravo virá em três dias arrasta-la com brincos e tudo para as profundezas do inferno. Agora Chris precisa recorrer a tudo que for possível para conseguir se livrar da encrenca e rápido.
Em cima desse argumento até que batido, o diretor Sam Raimi, o mesmo do Homem Aranha (começaram a se interessar?) cria uma trama surpreendente, com um mix de espiritismo, vudu, preconceito social, sogra chata, muita meleca e ótimas surpresas. O filme dá alguns belos sustos, tem algumas cenas realmente horripilantes, com sustos dignos de danificar a poltrona ou o braço do namorado, outras cenas mega-nojentas, especialmente as com a baba da bruxa.. Ô bruxa babona!!
Assista, você vai adorar!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Deixa ela entrar

As semelhanças com "ensaio sobre a cegueira" não vão além do poster que serviu de inspiração para o filme sueco "Deixa ela entrar - Let the right one in".

Bem, que posso dizer? que amei o filme? que é espetacular? Assista para ver!
Tudo bem, tem vampiro no filme, mas não é um "filme de vampiro", o vampirismo é só uma desculpa, uma metáfora pra mostrar algo que vai muito além, que tem a ver com a solidão e a busca pela felicidade, pelo amor, pelo carinho.
O filme é poético, é belo, é cativante, tem cenas espetaculares, como a da auto-combustão de uma mulher, simplesmente imperdível.

O filme é antropofágico, resume aquele conceito de que por mais que pareça altruista uma relação, não há como o ser humano ir além de si mesmo. É a nós mesmos que queremos salvar, dá pra sair gritando isso por aí após assistir o maravilhoso envolvimento de um garoto comum, com pais meio ausentes e uma menina solitária, que por acaso do destino também é vampira. É um jogo de descobertas, de perdão, de compreensão, de amor.

Tem também uma coisa com o sangue, tão nojento e tão lindo ao mesmo tempo, é um paradoxo sanguíneo!
Ah, não está em cartaz ainda no cinema? Azar seu! Quem manda não ter um DIVX player em casa?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

É fácil perder o controle

Ontem assisti o filme Control, feito em 2007, sobre a vida do vocalista da banda Joy Division, Ian Curtis.
Foi uma dica de meu amigo Kiko, já que quando voltávamos da viagem para a Ilha do Cardoso, conversávamos a respeito de várias bandas e entre elas, algumas coisas do glitter Rock, de David Bowie, do Bauhaus, etc.
Particularmente fui fã do Joy Division, que para quem não sabe, mais tarde, após a morte do vocalista Ian Curtis, transformar-se-ia na conhecida New Order, famosa por várias músicas e entre elas Blue Monday.
O New Order deixou para trás toda a depressão que matou Ian Curtis, o New Order tinha de ser bastante diferente, pra cima, mas não há como deixar passar despercebido o som do Joy Division com suas letras tristes mas contundentes.
Mas o que mais me chamou a atenção no filme foi mesmo a descrição da história de um garoto (Curtis se matou enforcado em sua casa aos 23 anos) criativo, realmente genial, que encontra lugar para expressar sua poesia numa banda de rock feita de outros caras tão (ou mais) garotos que ele, explode rapidamente nas paradas de sucesso e começa a exigir de Curtis algo que segundo ele "não é capaz de atender".
O clima cinzento inglês vai além das paredes das casas retratadas na fotografia P&B do filme, ele está presente no humor das pessoas, na empresa onde Curtis trabalha, nos amigos, nos bares, na sua esposa e em tudo mais. Deve ser duro crescer num ambiente que sugere a introspecção e a tristeza dessa forma... que bom que somos brasileiros e aqui tudo é um pouco mais "colorido".
Curtis está vivendo o final da adolescência, é apenas garoto e como tal, encontra uma dificuldade tremenda em lidar com o mundo que o cerca. Ele está como ele mesmo diz, "fora de controle". 
Ele quer ser feliz, mas sua falta de experiência não permite que ele seja capaz de analisar esse mundo mais que apenas superficialmente. Toma decisões baseadas apenas no sentimento, louváveis, mas duvidosas, como propor sua namorada em casamento e logo depois ter um filho. Claro que ela acha tudo lindo e entra na dele, mas logo mais as exigências do estrelato, amargamente temperadas com a descoberta de uma epilepsia, a rotina do casamento e um caso com uma outra garota, vão transformando a vida de Curtis em um caos sem solução.
A letra da sua música mais famosa "Love will tear us apart" dá uma ideia do que ele só é capaz de expressar na poesia de suas músicas, já que quando é cobrado pessoalmente, não consegue ir além do silêncio:
"Quando a rotina corrói duramente e as ambições são pequenas
E o ressentimento voa alto, mas as emoções não crescerão
E vamos mudando nossos caminhos pegando estradas diferentes
Então o amor, o amor vai nos separar de novo".
Quando eu tinha minha banda, há quase vinte anos atrás e adorava o Joy Division, era um pouco parecido com Ian, não era capaz de ver as coisas em profundidade e provavelmente errava tanto quanto ele especialmente quando era necessário tomar uma decisão, especialmente se era uma decisão que envolvesse o futuro, algo tão incerto para quem tem 18, 19, 20 e poucos anos... Espero que os jovens que me são caros (e todos os outros) tenham um pouco mais de paciência com a vida, espero que saibam olhar os revezes de estar vivos, como um mero contraponto ao quanto é maravilhoso estar vivo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Up Altas Aventuras em 3D

Ontem sucumbi ao horror a dublagem e fui assistir o novo filme da Pixar/Disney, UP Altas Aventuras no Kinoplex Itaim. Os primeiros dois minutos me assustaram um pouco, logo pensei "xi, vai ser uma merda".. mas logo depois você se esquece dos óculos esquisitos que te deram na entrada e mergulha num universo absolutamente fantástico. Talvez se eu tivesse ficado um pouco mais perto da tela teria sido ainda melhor, provavelmente quando eu for ver alguma coisa no IMAX em 3D vá amar, já que o medo que o efeito se tornasse cansativo logo desaparece. 3D é ducassete! E a dublagem? Bem, o Chico Anísio dubla o velho Carl Fredricksen e confesso que faz um excelente trabalho, sinceramente foram pouquíssimas as vezes que escutei um aaaah, enquanto a boca do personagem parecia soltar um ooooh e isso não incomodou nem um pouco, para quem passou a infância assistindo Perdidos no Espaço e Terra de Gigantes em português dublado (sim, porque o português do Brasil só se fala nas ruas), até que é um bom progresso.
O filme é um espetáculo a parte, só venho confirmar as bilheterias, a cotação no IMDB e o que mais se fala. Nos primeiros dez minutos já fiquei em lágrimas. Tudo bem, segurar uma casa pendurada em balões na beirada de um abismo com vento soprando me parece meio difícil, mas já que é uma casa pendurada em balões (iguais aqueles do padre maluco), então dá pra aceitar. 
O que me deixou mais contente foi a quebra de paradigmas, perdoem-me senhores repórteres se numa entrevista anterior eu disse que jamais iria assistir um filme dublado... eu fui e gostei, tá!! e daí?
Vá correndo assistir, fique mais perto da tela, talvez no primeiro terço do cinema, não perca tempo e não tenha medo da dublagem, você vai amar o filme.

sábado, 12 de setembro de 2009

Picasa para parentes e amigos - parte 2

Esse texto é a continuação desse outro aqui, ó.

Na maior parte das vezes, as pessoas tem dificuldade com o computador simplesmente porque não tem paciência de ler aquilo que está escrito na tela. Então, o programa faz uma pergunta que pode ser decisiva, ou o botãozinho com a resposta está lá brilhando, mas se o usuário não lê... então não adianta, não é mesmo? Cultive um pouquinho mais de paciência para ler os textos na tela, provavelmente a resposta para a maior parte de suas dúvidas está diante de seu nariz.

Bem, é importante que fique claro que o Picasa é um software, ou seja, um programa que serve para gerenciar suas fotos dentro do SEU computador. Outra coisa é o álbum on-line. O álbum não é um programa, é simplesmente um site (que tem uma carinha parecida com o próprio Picasa) onde as fotos ficam guardadas e podem ser vistas por qualquer pessoa (ou somente por aquelas que você permite se você decidiu assim) através de um navegador comum como o Internet Explorer, o Firefox ou o Google Chrome.

Veja esse link. É um tutorial bem completo que explica mais detalhes do básico do uso do Picasa. Tenha um pouco de paciência e leia cuidadosamente, você vai ficar feliz e excitado ao descobrir que dá pra fazer um monte de coisas legais que você não sabia fazer. Aliás nesse mesmo site, tem um monte de tutoriais que explicam o passo a passo para fazer várias coisas que aparentemente são misteriosas, como por exemplo como usar o Gmail.




sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Picasa para parentes e amigos

Muita gente resiste em sucumbir as atuais tecnologias alegando que elas acabam com o lado pessoal, que são muito complicadas de usar, que não tem tempo...
Fiz uma viagem muito bacana no fim de semana passado, tirei montes de fotos, copiei elas pra dentro do Picasa, escrevi comentários, melhorei o contraste e subi todas elas pro meu álbum on-line. Aí mandei convites para várias pessoas que eu prezo, amigos e parentes para que vissem o álbum.
Hoje recebi uma mensagem de minha querida prima Eliane, comentando sobre o álbum e aproveitando para contar sobre seus lindos filhos, sobre o fato do Gabriel que é tão novinho já estar usando óculos mas que gosta de futebol, a Letícia, que é observadora (ela percebeu que o irmão não estava enxergando bem), joga tênis e toca violão e a Mariana que joga vôlei e toca guitarra (olha só...). Foi simplesmente uma delícia receber aquelas linhas que condensavam um pedacinho do tempo disponível da Eliane só para mim. Aí pensei, puxa vida, vou publicar no meu blog um post pra ajudar meus amigos e parentes (e quem mais aparecer por aqui) a usar essas ferramentas tão legais e constatar que elas podem ser um veículo para transportar algo mais que "o máximo em informação"... elas podem simplesmente transportar AMOR.


A primeira parte então, será sobre o Picasa, que é o álbum de fotografias. Muita gente não conhece e só usa a visualização de fotos do windows. Bem, o Picasa é muito melhor!! É um programa feito pelo pessoal super moderno que faz o Google e que gerencia todas suas fotos no computador, permitindo que você envie elas pra outras pessoas, imprimir, organizar em pastas, publicar diretamente no blog e mais um monte de outras utilidades. O picasa (que está nessa imagem ao lado - clique nela e irá aparecer maior pra você acompanhar o texto) está NESSE LINK, você baixa e instala que ele já sai igual potrinho recem-nascido, andando com suas próprias pernas e encontrando as fotos de seu computador.
Não tenha medo, pode clicar e arrastar imagens para outras pastas, criar novas, o programa é muito fácil de usar.

O Picasa faz mais um monte de coisas, como uma exposição de slides, uma visualização com linha de tempo, ele coloca as fotos em um tamanho menor para não entupir a caixa de email, além de permitir edições bem interessantes nas fotos.
Um recurso que eu gosto é assim, você seleciona uma foto e clica ENTER. Aí ela aparece grande. Então eu clico o botãozinho "estou com sorte".. ele corrige as cores e o contraste das fotos automaticamente, fica ótimo! Você também pode mudar o nome das fotos apertando a tecla F2, para algo mais interessante que DSC123456, por exemplo. Inclusive, se você tem várias fotos do mesmo assunto, pode seleciona-las e renomear simultaneamente, e ele as numera, por exemplo "montando a barraca1, montando a barraca2, montando a barraca3" e assim por diante...não tenha medo, vá explorando e você vai descobrir que vale a pena usar.

O mais bacana é que você pode criar seu álbum on-line e convidar seus amigos para ver as fotos, e eles podem deixar comentários e manda-las para outros amigos e assim por diante. Bem, para você usar o álbum on-line, é preciso ter uma conta google, ou seja, um email do GMAIL que sinceramente, na minha mais humilde opinião, já é suficiente para aposentar o velho outlook express. Se você não tem uma conta google, então crie uma aqui. Só pra você não ficar nervoso, saiba que você pode continuar usando seus velhos emails todos dentro do Gmail sem problema, com a vantagem de poder acessar de qualquer computador do planeta.
Voltando ao álbum...

Você pode escolher as fotos de uma pasta selecionando-as com a tecla CTRL apertada e clicando em cima, aí você só manda aquelas que ficaram boas. Depois você clica no primeiro daqueles botõezinhos que estão embaixo, "fazer upload" e segue o passo a passo. Depois é só convidar os amigos pra ver o álbum diretamente a partir do botão "compartilhar" que tem lá.
Se você quiser, o álbum pode ser fechado, ou seja, só vê as fotos quem você convida, assim não tem perigo de um xereta que você nem conhece ficar olhando as fotos de sua família. Tem gente que quer privacidade, não é mesmo?


Repare que o álbum tem várias facilidades, que vão desde a simples exposição das fotos passando por um sistema automática de localização de rostos até links para o mapa do lugar onde a foto foi tirada, você usa quantos recursos quiser.
As pessoas podem ficar "fãs" do seu álbum e vice versa, assim quando tem uma atualização, você recebe um email avisando, isso é bem legal.
Se você gostou do texto, pode mandar um comentário, repare logo abaixo desse post, tem um botãozinho pra isso... se não entendeu, pergunte que eu ajudo.
Logo logo vou falar sobre o Facebook.
Ah, esse artigo tem continuação aqui.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pedalando com amigos na Ilha do Cardoso

Meus amigos Marcia e Marcos postaram as fotos da viagem que eles fizeram para a Ilha do Cardoso. Achei bárbaro e logo mandei um email pra ela "convidando-me" para uma próxima vez. Na hora ela bateu o martelo e sugeriu: "que tal no sete de setembro?". Falei com o Alejandro e topamos na hora. Convidamos alguns amigos e um deles, o Super Kiko resolveu vir junto.

O passeio foi nota mil. Partimos de Sampa na sexta feira por volta de três da tarde. Para fugir da pentelhação da Regis Bittencourt, pegamos a Imigrantes rumo Peruibe. Foi um sossego total, de Peruibe você vai para Pedro de Toledo e de lá volta para a BR, já com pista dupla.

No lugar de ir até Curitiba, descemos a serra da Graciosa, passamos por Morretes, que é a capital do Barreado, um rango irado e hiper-calórico e seguimos até o litoral.

Levamos as três bicicletas no nosso Ford Ka, com o suporte parrudo da Thule emprestado pelo nosso amigão Celso.

Dormimos no bairro Shangrila na Praia de Leste onde a Marcia tem uma casa e logo de manhã partimos para Paranaguá para pegar o barco rumo a Superagui que é uma comunidade muito simpática.

O barco leva três horas. Chegando em Superagui, almoçamos e dali partimos para 37km de pedal até Pontal de Leste.

Bem, acompanhe agora o resto da aventura enquanto vê as fotos que postei no meu álbum. Loguinho o Alê, que tirou um montão de fotos, além do Marcos e Marcia e do Kiko, que também encheram os pentes de memória.

A volta foi cansativa, driblamos um congestionamento na Regis por conta de um caminhão acidentado, desviando novamente por Peruíbe, só que lá por Mongaguá constatamos outro megacongestionamento no acesso para a Imigrantes pelo feriado. Fugimos pela avenida Presidente Kenedy até chegar na Praia Grande. Tentamos o segundo acesso da Imigrantes pela ponte do Mar Pequeno que também estava congestionada. Por aí já eram quase três horas da manhã. O jeito foi a Anchieta que estava livre. Deitamos a cabeça no travesseiro as quatro da manhã.

Apesar desse detalhe que tiramos de letra, a viagem foi maravilhosa, o pedal foi forte e cheguei a ficar com dores no quadríceps, mas no fim tudo deu certo e passamos um feriado maravilhoso em companhia de gente muito bem humorada, simpática e prestativa.

Muito obrigado meus queridos amigos pela deliciosa companhia.

Wagner Muniz Cartunista

Acabo de voltar de um incrível fim de semana na Ilha do Cardoso, vejam logo mais o post aqui no Blog. Na ida fiquei conhecendo o trabalho de um cartunista absolutamente genial chamado Wagner Muniz. Ele é justamente de lá de Superagui. Fala se já não está mais que na hora do cara aparecer forte. Fotografei alguns trabalhos dele que estavam em um bloquinho que ele carrega consigo. Confira e me conta se o cara não é fera.
Ele também tem um blog aqui, que pessoalmente não mostra tanto poder quanto os desenhos abaixo que abundam em seu bloquinho. Mas o que vale é o que você vê na real e esse cara é forte no desenho, confira, prestigie, contrate.



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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Passarinho no fio vira música


Tem gente que só vê a dor, o ferrugem, o congestionamento,
o espirro, a tosse, o mau elemento
Só consegue ver o que está errado
o que incomoda, o que atrapalha, o que está estragado
Mas tem gente difente
que sabe ver música onde qualquer tipo de gente
só vê... passarinhos pousados num fio pendente
É gente com coração, muito mais que apenas mente.

Leia a resportagem e escute a música produzida por Jarbas Agnelli aqui.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A equipe que deu certo

Em 1998, eu participava ativamente do cenário de campeonatos de parapente no Brasil, estava entre os 5 do ranking nacional (se não me engano). A equipe gaucha arrasava com um time muito bom e muita organização. Fazer a equipe Paulista funcionar foi só questão de organizar as coisas.
Em briefings com os pilotos discutíamos quais tinham sido as conquistas do dia, erros e acertos de cada um. Esclarecíamos dúvidas, levantávamos curiosidades. Bolávamos estratégias de uso do rádio. Intensa contribuição de Arthur Lewis, André Abrantes, Rodrigo Guerrero, Jerome Negre, Fernando Abrantes, Alexandre Santos, o Alfredo Milano... O Washington Peruchi e o Albertinho eram preazinhos ainda... Era um time da pesada, foi um tempo de grande progresso para os parapente. O resultado foi evidente, a equipe Paulista se destacou colocando um expressivo número de pilotos no gol.
No tradicionalíssimo campeonato Brasileiro em Governador Valadares, criei esse desenho que imprimimos nas camisetas. Todos os paulistas usavam e eu cheguei a fazer o desenho da bandeira do estado na careca.
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Geléia de Pêssego com açúcar mascavo

Aí vai minha geléia de pêssego, adorei o gosto azedinho.

  • Dois belos pêssegos cortados em fatias
  • Uma col de chá de cravo em pó
  • Uma col de chá de canela em pó
  • Uma col de chá de noz moscada em pó
  • Um limão espremido
  • Quatro colheres de açúcar mascavo

Cozinha-se durante uma hora mexendo sempre mas sem desmatelar o pêssego.

Eu usei a máquina de fazer pão, ela tem um "modo geléia" e aí você pode fazer outra coisa enquanto a máquina faz o trabalho sujo.

Gosto demais desta máquina, os pães sempre ficam muito bons.
Ao lado dela está a dona torradeira, uma honesta trabalhadora de todas as manhãs e muitas noites.
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Arrogância do bem também faz mal

Ao longo de minha vida como não-analista, relacionei-me com um infindável número de pessoas. Uma importante parte desse número foi feita pri...