Meu amigo Denicão me conta que chegou um novo papagaio na clínica de animais onde trabalha a mãe dele, o bichinho chegou quietinho quietinho e todos acharam muito estranho, afinal papagaio que se preza diz várias coisas simpáticas: currupaco! ó o louro! dá o pé! Tenho até uns amigos mais antigos cujo papagaio Jordão cantava "É tricolor! É tricolor!".
Outro amigo tinha um que dizia: Tô cansado... mas não parava quieto um instante.
No meio de tantos depoimentos sobre padronização de comportamento de papagaios, o mudinho nada dizia. Não parecia triste, nem mau humorado, era até carinhoso, deixava-se acariciar e o máximo que sua curiosidade permitia era apertar suavemente os dedos dos medrosos.
Como o bichinho estava um pouco adoentado, logo acharam que era por conta disso e assim a interessante ave ficou ali numa gaiola perto dos vários cães que havia no lugar, que era o local mais conveniente onde ele poderia ser monitorado com mais facilidade.
Numa manhã, aproximaram-se do mudinho e mais uma vez tentou-se travar algum tipo de diálogo: Dá o pé loro! Cutchi cutchi cutchi (não me pergunte o que é isso), Alôôô! Bom diaaaaaaa!
Então ele dá um passo para a direita, empina o peito e responde alto e bom som:
AU! AU! AU!
Uma torneirinha de escape para o maravilhoso e o aterrorizante do dia a dia de um cidadão do mundo, pai, voador, LGBT, empresário, um pouquinho surdo, estudante de psicanálise, que gosta demais de escrever. Silvio Ambrosini é conhecido pelos amigos como Sivuca, é autor dos livros publicados "Ventomania - Uma Vida Voando" e "Voando de Parapente" A venda em https://ventomania.com.br. Aproveite para visitar meu instagram em @sivukus
segunda-feira, 22 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Coração Louco, Saco Cheio
É, assisti Coração Louco, o filme que deu a Jeff Bridges a tal estatueta dourada que a Penélope Cruz costuma levar para a praia.
Sabe, fiquei contente, afinal o filme é ruim pacas, um clichê melodramático sobre superação de alcoolismo e trapalhadas sentimentais, regada pela música sertaneja dos americanos, ou seja, um porre só do início ao fim. Mesmo assim a academia colocou isso de lado (como sou ingênuo, um monte de gente a-mou o filme) e premiou o cara pelo seu feito.
Tá bom, tecnicamente o filme não parece ter muitos defeitos, não que eu me lembre, afinal eu não sou exatamente um técnico do assunto para falar com propriedade, de repente vai aparecer você aqui e dizer que sou um cego mesmo... eu vi sim uma narrativa bem linear, roteiro clássico com começo meio e fim bonitinho, daqueles que o povo aprende na faculdade, tem mocinha com filho engraçadinho do primeiro casamento, tem a cena do susto, tem a disputa sentimental entre o professor decadente e o aluno producente, tudo bem, mas no fim Jeff Bridges mandou bem pacas! Ele está tão bom que o filme parece um documentário. Se você se interessa por ver uma atuação absolutamente fluida e incorporada, e não faz questão de assistir um bom filme, então veja esse.
Sabe, fiquei contente, afinal o filme é ruim pacas, um clichê melodramático sobre superação de alcoolismo e trapalhadas sentimentais, regada pela música sertaneja dos americanos, ou seja, um porre só do início ao fim. Mesmo assim a academia colocou isso de lado (como sou ingênuo, um monte de gente a-mou o filme) e premiou o cara pelo seu feito.
Tá bom, tecnicamente o filme não parece ter muitos defeitos, não que eu me lembre, afinal eu não sou exatamente um técnico do assunto para falar com propriedade, de repente vai aparecer você aqui e dizer que sou um cego mesmo... eu vi sim uma narrativa bem linear, roteiro clássico com começo meio e fim bonitinho, daqueles que o povo aprende na faculdade, tem mocinha com filho engraçadinho do primeiro casamento, tem a cena do susto, tem a disputa sentimental entre o professor decadente e o aluno producente, tudo bem, mas no fim Jeff Bridges mandou bem pacas! Ele está tão bom que o filme parece um documentário. Se você se interessa por ver uma atuação absolutamente fluida e incorporada, e não faz questão de assistir um bom filme, então veja esse.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Frango de pobre ao pequi e cuscuz ao aniz
O Frango
4 sobrecoxas
1/2 limão
azeite de oliva
1 lata cerveja preta
1 col de chá de óleo de pequi
2 cebolas inteiras limpas
pimenta de bico
1 dente de alho esmagado
Tempere o frango dentro de um tupperware com limão, sal e o óleo de pequi, feche a tampa e agite para o tempero passear por todas as partes.
Numa panela de pressão, refogue o alho com azeite.
Coloque o frango e as cebolas, refogue dos dois lados até a pele começar a ficar crocante.
Coloque o resto do tempero do frango e logo depois, a cerveja e tampe.
Após começar a sair vapor, conte 10 minutos, desligue o fogo e solte o vapor.
Coloque tudo em uma travessa com as pimentas de bico.
O Cuscuz
200 ml de água
200 ml de cuscuz marroquino
aniz estrela
1 colher de mel
1/2 limão
azeite de oliva
molhe o cuscuz com o suco do limão e azeite de oliva, misture.
Ferva a água com o aniz, como que para fazer um chá, coloque a colher de sopa de mel e misture
Quando ferver, baixe o fogo e deixe mais um minuto.
Derrame sobre o cuscuz, ele irá absorver a água.
Você pode colocar o cuscuz dentro de um potinho e vira-lo num prato, vai ficar bunitim. Decore com um aniz.
Tempo total: 20 minutos
Dificuldade: ridículo
Cuidados: para esmagar o dente de alho, esprema-o usando a lateral de uma faca (não o fio, senão sua mão vai precisar de pontos), retire a parte interna do alho, ou então pule tudo isso e use o alho pronto.
quarta-feira, 10 de março de 2010
trapalhadas corporativas
Provavelmente você tem um monte de histórias parecidas e certamente muito piores, mas ainda assim, não consigo deixar de comentar.
A empresa (com os nomes eticamente encobertos por eficientes borrões), imprime a nota fiscal que baixou na internet, mete-lhe no focinho um clássico carimbo de "RECEBEMOS" (em itálico), assina e envia pelo caríssimo SEDEX a ditacuja.
Não teria sido mais fácil e barato enviar um link por email?
Como venho escutando por cima dos ombros... é o armagedon que se aproxima...
A empresa (com os nomes eticamente encobertos por eficientes borrões), imprime a nota fiscal que baixou na internet, mete-lhe no focinho um clássico carimbo de "RECEBEMOS" (em itálico), assina e envia pelo caríssimo SEDEX a ditacuja.
Não teria sido mais fácil e barato enviar um link por email?
Como venho escutando por cima dos ombros... é o armagedon que se aproxima...
segunda-feira, 8 de março de 2010
São apenas 73 anos
Meu primo Airton adora carros antigos e conseguiu resgatar uma pérola.
Até aí tudo bem, trata-se de um belíssimo Chevrolet 1937, mas há um detalhe que faz toda diferença.
Aí está o mesmo primo Airton, o primeiro da esquerda para a direita. O segundo é seu irmão Wellington, depois vem o tio Joe e a tia Anita.
Essa foto é de 1949, e eles estão todo encostados exatamente no MESMO Chevrolet 1937.
Nessa outra foto estão minha mãe e suas irmãs, as tias Marilice e Clarice, todas encostadas no mesmo Chevrolet 1937. Lá dentro está o primo Wilson, que hoje mora nos EUA.
Não é digno de nota? Parabéns, primo Airton!! Muito legal tudo isso.
Até aí tudo bem, trata-se de um belíssimo Chevrolet 1937, mas há um detalhe que faz toda diferença.
Aí está o mesmo primo Airton, o primeiro da esquerda para a direita. O segundo é seu irmão Wellington, depois vem o tio Joe e a tia Anita.
Essa foto é de 1949, e eles estão todo encostados exatamente no MESMO Chevrolet 1937.
Nessa outra foto estão minha mãe e suas irmãs, as tias Marilice e Clarice, todas encostadas no mesmo Chevrolet 1937. Lá dentro está o primo Wilson, que hoje mora nos EUA.
Não é digno de nota? Parabéns, primo Airton!! Muito legal tudo isso.
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