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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cumplicidade velada em "É proibido fumar"


É muito interessante a relação entre Baby e Max, os protagonistas. Ambos adoram música, são vizinhos e iniciam um relacionamento. Ela fuma quenem chaminé é uma paciente professora de violão, com alunos desafinados, ele é hiperdescolado, toca samba em uma churrascaria, chama Baby de "cara", ambos fumam maconha juntos, mas ele pede para ela "ir fumar lá fora".

Até aí tudo normal, até o acidental assassinato provocado por Baby que foge da cena. A morta em questão é a pentelha da "Ex" de Max.

Ela mantém a situação em segredo, mas ele é suavemente extorquido pelo porteiro do prédio "seu Chico" que quer voltar pra Bahia e tem a seu favor a fita de vídeo que mostra o momento do acidente-crime. Max não conta o que houve e pede 10 mil para pagar uma "dívida de jogo".

Cada um tem um segredo, cada um quer proteger e quer proteção. Um filme muito interessante, com boas atuações. Gosto muito do Paulo Miklos que é além do fato de ser um velho componente da banda Titãs, é um ator que não sofreu influências do modelo-globo que tanto faz para afundar o cinema nacional, como por exemplo na ridícula cena das mulheres dançando.
Sim, vale a pena assistir. Nos cinemas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Foi culpa do divino


É, muita gente diz "Deus quis assim"... especialmente quando acontece uma desgraça que ninguém queria. Vejo isto como uma forma flagrante de fugir da responsabilidade, por mais que seja apenas de encontrar uma explicação, ou assumir que certas coisas simplesmente não tem explicação. De qualquer forma, responsabilizar é sinônimo de assumir, não é?
Fiquei particularmente impressionado nesta manhã quando li a notícia que dizia que o pessoal da igreja Renascer atribuiu ao "Designio Celeste" a tragédia que matou várias pessoas nestes dias quando o telhado de um templo ruiu sobre a cabeça dos fieis.
Botar a culpa em Deus é bem fácil. Afinal ele está lá tranquilo sentado no céu e provavelmente não está nem aí para as responsabilidades que o bicho-homem lhe atribui desde que começou a "pensar bem". Pobres daqueles que estão ali debaixo do teto em ruinas, com toneladas de tubos de ar condicionado, esperando um alento para as agruras do dia a dia.

Quando eu trabalhava no navio

Sem saber, entrei naquela enfermaria da UTI pela última vez. Percorri o corredor iluminado com aquele branco intenso, quase antisséptico, e ...