terça-feira, 18 de maio de 2010

Alice nos país das decepções

Quando muito jovenzinho, li Alice nos país das maravilhas em quadrinhos. Era a personificação de uma jovem meio desorientada que resolve arriscar na ideia do "querer acreditar", presente na obra de Carlos Castaneda e posteriormente na genial referência dos irmãos Wachowski: "Matrix" e seguir o coelho até entrar na sua toca.

Tim Burton, de quem sempre fui fã, até então quase incondicional (vou passar a revisar melhor isso) reproduziu com maestria essa primeira parte, porém tristemente o resto do filme cai em uma mesmice sem precedentes.

O talentoso Johnny Depp transformou a loucura desmedida e inconsequente do chapeleiro louco de Lewis Carol em um personagem infantil e que pouco ou quase nada acrescenta a história.

A rainha de copas está longe da tirania da rainha original já que essa, apesar da sensacional cabeçorra digital não conseguiu me convencer.


Claro, o mundo da Alice Burtoniana é impressionante, o figurino é simplesmente bárbaro, a direção de arte sublime, mas infelizmente acontece mais uma gafe... o 3D não fez a menor diferença, parece que Tim Burton não soube ou não se interessou por explorar as vantagens da tridimensionalidade no cinema, coisa que James Cameron faz maravilhosamente com Avatar.

Não há dúvida que eu era muito mais impressionável na época em que li a história nos quadrinhos Disney, mas guardando suas devidas proporções, eu esperava ao menos que a história de Burton me reservasse alguma surpresa.

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